Um Sabado de Vitórias

Botafogo 1 x 0 Santos
Fogão passa pelos reservas do santos, com gol de Fábio Ferreira.

Fogão aproveita chance e sai na frente.
Recheado de reservas, o Santos começou o jogo um tanto quanto perdido em virtude da falta de entrosamento. O Botafogo tocava bem a bola buscando um espaço para penetrar na defesa santista, que jogava com três zagueiros. Mas aos poucos o Peixe foi se encontrando e por pouco não saiu na frente num vacilo da zaga botafoguense. O zagueiro Fábio Ferreira escorregou na área e deixou a bola passar para Keirrison. O atacante dominou livre e chutou por cima do gol, perdendo grande oportunidade.

Quatro minutos mais tarde o Santos teve outras duas chances em seguida. Na primeira delas, Alan Patrick bateu colocado no canto esquerdo e o goleiro Jefferson se esticou para mandar pela linha de fundo. Na sequência, Bruno Aguiar subiu de cabeça após a cobrança de escanteio e a bola passou raspando a trave direita do gol.

O jogo era igual e as duas equipes faziam boa atuação. Aos 29 minutos, o Botafogo obrigou o goleiro Aranha a trabalhar. O estreante Elkeson girou bem e de fora da área chutou forte no canto direito. O goleiro santista espalmou para escanteio e evitou o primeiro gol dos donos da casa.

Mas aos 36 minutos Aranha não conseguiu evitar o primeiro gol do Botafogo. O meia Éverton cobrou escanteio, Antônio Carlos cabeceou na primeira trave e a bola sobrou no meio da área para Fábio Ferreira mandar para o fundo das redes e tirar o zero do placar no Engenhão.

Peixe pressiona, mas Botafogo se segura.
O Santos voltou para o segundo tempo com duas alterações. Maikon Leite e Rychely entraram nas vagas de Tiago Alves e Alan Patrick, com o objetivo de deixar o time mais agressivo. No entanto, o Peixe sentia a falta de entrosamento e não conseguia levar perigo ao gol de Jefferson.

Aos 12 minutos, o Santos quase marcou justamente numa lambança do goleiro botafoguense. Jefferson se atrapalhou na saída do gol, e a bola ficou com Bruno Rodrigo, mas o zagueiro finalizou para fora com o gol aberto. Dois minutos depois o time santista chegou novamente com perigo. Rychely dominou a bola dentro da área, girou e chuta por cima do travessão.

O Santos era melhor na etapa final, e o Botafogo tentava a todo custo administrar a vantagem. O Alvinegro teve duas grandes chances de marcar. Aos 24 minutos, o garoto Cidinho, que acabara de entrar, quase fez o segundo. Ele chutou rasteiro de fora da área e a bola bateu na rede pelo lado de fora, levantando a torcida no Engenhão. Já aos 26, Bruno Cortês cruzou rasteiro para o meio da área, e novamente Cidinho apareceu com espaço, mas mandou para fora. Depois, o time carioca segurou o placar e somou os primeiros três pontos.

Internacional 0 x 1 Ceará

Numa noite de homenagens, o Inter tropeça em casa contra o Ceará, com o gol de Iarley

Colorado mais à frente.
O jogo foi bastante equilibrado, tanto em faltas, como em escanteios e o Inter só foi melhor nas finalizações. Tanto que exigiu duas boas defesas do goleiro Fernando Henrique, que é muito bom, embora às vezes exagere nos saltos aéreos.
O goleiro do Ceará fez duas grandes defesas no primeiro tempo, garantindo o placar. O Ceará reclamou, com razão, da não marcação de um pênalti de Bolívar sobre Osvaldo, aos 45 minutos. O atacante invadiu a área em velocidade e o desavisado zagueiro deu um carrinho estabanado e levantou o adversário. O juiz, mal colocado, não marcou nada. As imagens ficam claras nas lentes oportunistas do repórter fotográfico Luciano Leon (confira!!!).
Volta igual.
O segundo tempo começou, de novo, com o time da casa tentando ir mais à frente. O Ceará, porém, parecia mais disposto a aproveitar os contragolpes, além dos cruzamentos para a grande área.
Aos 17 minutos, Iarley entrou no lugar de Geraldo, que já tem 37 anos. Dois minutos depois, o baixinho fez o gol da vitória. Após o escanteio, a bola desviou na pequena área e sobrou no segundo pau. Iarley mergulhou de peixinho, a bola bateu ainda nas mãos do goleiro Lauro, na trave direita e entrou.
Antes disso, Fernando Henrique já tinha feito duas boas defesas. A principal delas, aos sete minutos, quando Kleber cobrou falta e a bola desviou levemente na mão do goleiro e explodiu no travessão.
O Inter ainda tentou buscar o empate. Mas de forma desorganizado acabou sendo presa fácil para o bom esquema de marcação cearense. E nos jogos de longe, Fernando Henrique acabou se consagrando.

Avaí 1 x 3 Atlético-MG

Galo embalado vence o avaí fora de casa.

Foi disputado!
O primeiro tempo na Ressacada foi bastante equilibrado. Atuano com o apoio de seus torcedores,o Avaí soube aproveitar bem sua chance e abriu o placar. Aos sete minutos, Fábio Santos foi lançado e tocou na saída de Renan Ribeiro: 1 a 0.
Após o gol, o time catarinense recuou e permitiu a chegada do Galo. Aos 15, Patric arriscou de fora da área, a bola desviou no meio do caminho e saiu muito perto do gol de Renan Rocha. A pressão do time mineiro surtiu efeito logo em seguida. Após cobrança de escanteio, Leonardo Silva tocou de cabeça para empatar: 1 a 1.
O Avaí ainda poderia ter ido ao intervalo em vantagem no placar. Aos 31, Acleisson cobrou falta de longe e Renan Ribeiro fez uma boa defesa, salvando o Galo. Aos 44, após bola alçada na área, Marquinhos subiu sozinho e testou perto do gol, mas a bola foi pela linha de fundo para desespero dos torcedores catarinenses.
Show do Galo!
O Atlético voltou com tudo para o segundo tempo e logo aos dois minutos virou a partida. Após cobrança de escanteio, Rever subiu mais que todo mundo e testou para o fundo das redes. O gol deixou o Leão perdido, melhor para o Galo, que foi para cima em busca de matar o jogo.
Numa falta, aos 18 minutos, com Acleisson, o Avaí quase chegou ao gol de empate. Mas, aos 23, o Galo matou o jogo. Após cobrança de escanteio, Leonardo Silva subiu mais que todo mundo e testou para o fundo das redes, fazendo o segundo no jogo e o terceiro dos zagueiros.
No final, o Atlético deixou o tempo passar, sempre trocando passes no campo de ataque, enquanto, o Avaí se perdeu em campo. Não criou nenhuma grande chance de gol e saiu de campo debaixo de muitas vaias e gritos de pipoqueiros. Marquinhos foi um dos mais criticado pelos torcedores.

São Paulo 1 x 0 Figueirense
No fim, a prata da casa (Lucas), garante a vitória para o São Paulo

Um gol de Lucas a poucos segundos do fim do jogo evitou que o São Paulo tropeçasse em seu primeiro compromisso em casa no Campeonato Brasileiro. O time venceu o Figueirense por 1 a 0 ontem à noite, mas os torcedores que tiveram a coragem de encarar o frio do Morumbi não voltaram para casa felizes da vida.
Os primeiros minutos do São Paulo foram bastante animadores. O time pressionava a saída de bola do Figueirense e estava sempre perto da área adversária. Mas desse momento de efervescência, que não durou muito, o Tricolor só conseguiu tirar um chute de Fernandinho que passou bem perto da trave catarinense. Depois disso, o tédio tomou conta da partida e fez os espectadores festejarem o apito que colocou fim ao torturante primeiro tempo.
Com exceção de uma ou outra boa investida de Lucas pela direita ou Fernandinho pela esquerda, a equipe são-paulina não era capaz de criar boas oportunidades de gol. Dagoberto parecia perdido entre os marcadores do Figueirense e o meio de campo não era exatamente um exemplo de imaginação. Com Casemiro, Wellington e Carlinhos Paraíba, jogadores combativos, mas sem muita criatividade, o trio da frente sabia muito bem que teria de se virar por conta própria.
Não foi por acaso que a torcida tricolor começou a pedir a entrada de Rivaldo aos 28 minutos da etapa inicial, bem antes do habitual. Eles tinham a esperança de que, com Rivaldo em campo, o time finalmente tivesse alguém capaz de planejar as jogadas e colocar os parceiros na cara do gol.
Para não ficar mais de mal com a galera são-paulina do que já está, Paulo César Carpegiani colocou Rivaldo em campo no intervalo. Havia muito tempo que o campeão do mundo em 2002 não dispunha de tanto tempo para jogar. Mas não é verdade que sua entrada tenha transformado a partida e aquecido a gelada noite no Morumbi. Ele até deu um bom passe logo no começo da segunda etapa, mas não fez muito mais do que isso.
Lá pela metade do segundo tempo o São Paulo teve seu melhor momento no jogo. Foi quando realmente chegou perto de abrir o placar. Primeiro, Casemiro cabeceou na trave após a cobrança de um escanteio. Depois, foi a vez de Marlos, que entrou no segundo tempo numa tentativa quase desesperada de Carpegiani de dar alguma vida a seu ataque, mandar um bom chute após receber passe de Dagoberto. A bola de novo foi na trave. Por fim, Lucas arriscou um perigoso chute de fora da área que só não virou gol porque Wilson fez a defesa.
Foram cerca de dez minutos de entusiasmo, logo esfriados pelo Figueirense, que ia tentando a sorte em alguns contra-ataques. Nada de novo, já que o time de Florianópolis jogou assim desde o primeiro minuto. E, para falar a verdade, jamais foi capaz de ameaçar Rogério Ceni.
A poucos segundos do fim, quando a torcida tricolor já se preparava para vaiar o time com gosto, Lucas mandou outro belo chute de longe, e dessa vez Wilson não conseguiu evitar o gol. O São Paulo comemorou sua segunda vitória no Brasileirão, mas o futebol exibido no Morumbi certamente não foi comemorado por ninguém.

John Wayner